sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

ENTREVISTA DONOVAN MCNABB - PARTE 2

McNabb fala sobre os playoffs e o Arizona Cardinals.


Sobre seu nível de conforto nos playoffs: Quando faz parte de uma coisa por muitos anos, você tenta chegar como um jogo de temporada normal; sabendo a magnitude disso e sabendo que é uma temporada de um jogo só. Fazendo parte disto, bem como os outros, temos que jogar sem erros, ir lá e jogar em alto nível para seguir adiante. No jogo, quando pegamos o ritmo é como um jogo normal. Você quer continuar passando isso para os outros. Você quer continuar mostrando isso durante o treino semanal, que não está mudando nada do que está fazendo, sua preparação ou a prática. Mantendo a mesma atitude na prática, se divertindo e brincando com eles, os mantendo relaxados. Porque não queremos ninguém nervoso ou fora de si. Pra mim, enfrento como um jogo de temporada regular, mas ainda sabendo da importância.

Sobre como ele descreveria as ultimas sete semanas da temporada e se há algo comparado com isso em sua carreira: Na verdade não. Os últimos sete jogos foram excitantes. O que está vendo é o nosso football; jogadores se destacando e fazendo boas jogadas. Estão vendo Asante Samuel, que trouxemos de New England, um jogador conhecido na liga, ele está jogando bem conosco. Brian Dawkins que também é bem conhecido no Philadelphia Eagles está jogando bem. Ofensivamente o recebedor DeSean Jackson, Kevin Curtis, Brent Celek e L.J Smith estão ótimos. Isso é algo que me empolga muito, porque são jogadores que esperamos sempre que façam boas jogadas no tempo certo. Tira muito a pressão dos outros jogadores que estão nas posições certas para fazer seu trabalho.

Sobre quanta pressão ele tirou de cima de si mesmo: O jogo é isso aí. Por isso é um jogo de equipe e um jogo que você tem que confiar nos outros jogadores para fazer boas jogadas. Então você sai e faz uma grande jogada, e alguém vai e faz também. Particularmente é bem excitante para nós.
Sobre qual a diferença da defesa do Arizona desde o Dia de Ação de Graças: Estamos vendo seus quatro da linha frontal jogando muito bem. Todos falam sobre os turnovers e as interceptações que eles conseguiram na última semana; o jeito que a secundária deles jogou contra o Atlanta. Eles estão jogando bem. Começando no primeiro jogo contra Atlanta, e ser capaz de neutralizar (Michael) Turners e segurá-lo com apenas 45 jardas terrestres, era o que todos pensaram ser impossível. Então eles foram em Carolina, onde eles tinham dois jogadores com mais de 1000 jardas, e foram capaz de neutralizá-los. Eles forçaram o jogo do passe e foram capaz de grandes turnovers. A sua linha da frente tem sido bem efetiva durante a temporada e também agora nos playoffs.

Sobre como os últimos setes jogos mudaram a percepção dos fãs com relação a ele: Isso não me preocupa e na verdade nunca preocupou. Dada a oportunidade, em algum ponto começarão a se destacar. Novamente, eu gosto muito de aproveitar que os outros estão em boa fase. Tira um pouco da pressão de cima de mim. Tira um pouco a pressão de um jogador como Westbrook. A linha ofensiva se sente confiante que eles podem agüentar seus bloqueios e os caras de trás, ou quem quer que seja como running back, farão uma grande jogada. Mesma coisa na defesa. Eles se sentem orientados e confiantes, e assim alguém fará uma grande jogada, ou um grande tackle ou interceptação, o que seja. Essa confiança está conosco agora. Agora estamos tão empolgados de ir e enfrentar o Arizona Cardinals e continuar o que começamos algumas semanas atrás.

Sobre se ele está surpreso de melhorar com a idade: Tão bom como vinho, baby. As pessoas falam que “ele está ficando muito velho” ou “ele não é capaz de fazer coisas que fazia cinco anos atrás”. Nenhum de nós pode fazer coisas que fazíamos cinco anos atrás; nem vocês.(brincando) Alguns de vocês estão escrevendo mais devagar do que escreviam a cinco anos. As coisas que escrevem no papel não fazem sentido. Alguns de vocês estão vestidos de forma engraçada. Mas sabe o quê? É uma coisa que todos podem se preparar e suportar. Vimos o QB aposentado Vinny Testaverde com 44 anos e ganhando um jogo. O QB do Arizona Kurt Warner chegando em segundo lugar no MVP e conseguindo quase 5000 jardas de passe. Dada a oportunidade, alguns conseguem, outros não. 32 anos não é tão velho assim, é o auge da carreira. Alguns de vocês gostariam de ter 32 anos agora. E te digo uma coisa, é muito divertido.

Sobre se é especial jogar no Arizona onde ele vive e treina fora da temporada: É sim. Uma coisa que tenho dito aos jogadores com quem treino e alguns que disse: “que bom seria voltar aqui e jogar no Arizona?” Não jogar pelo campeonato da NFC, mas vir aqui e jogar por algo especial. Claro, algo especial teria sido no último ano, jogando o Super Bowl em Arizona. Mas sabe o quê? Vamos jogar um grande jogo aqui, jogando contra um monte de amigos; caras que me comunico durante o ano todo e agora jogaremos um contra o outro. Estou empolgado, eles estão, e o time está pela oportunidade. Apenas sete semanas atrás, ninguém pensou que estaríamos nessa posição. Agora estamos aqui e queremos tirar toda vantagem disso.

Sobre o que sabe de melhor sobre o Arizona: Ken Whisenhunt, o técnico, é um cara que vive apenas algumas portas pra baixo da minha casa. Adrian Wilson também. Bertrand Berry é um cara que me comunico com frequência e Larry Fitzgerald também. Tenho alguns amigos no time com quem falo sempre. Estou apenas feliz com o sucesso que conseguiram e feliz com a oportunidade.

Sobre a importância desta ser a viagem mais importante para o campeonato da NFC: Talvez responderei isso apenas se fizermos nosso trabalho e ganharmos o jogo. Então serei o campeão da NFC. Mas estou aproveitando o momento agora; não olhando muito adiante, apenas contando os dias para sair lá e jogar.
Sobre o que tem na memória sobre jogos passados da NFC: Acho que voltaria em 2004, ser capaz de segurar aquele troféu e ser atingido por todo aquele confeti e sabendo que está indo para o Super Bowl. Claro, o ruim é que nós perdemos (no Super Bowl). As coisas que vem a mente agora são as oportunidades que tivemos e não aproveitamos; o jogo do Carolina e de Tampa. Essa é outra oportunidade pra nós de entender que somos privilegiados de estar nessa posição. Mas eu estou apenas empolgado.

Sobre os dois jogos contra Tampa Bay e Carolina serem pontos baixos de sua carreira: Não acho não. Não mesmo.

Sobre a sua visão nos jogos de Tampa Bay e Carolina: Como oportunidade, apenas como outro jogo de temporada que não aproveitamos. Sabendo o tamanho disso, claro, ganhamos e seguimos adiante. Não os coloco como pontos baixos na minha carreira.

Sobre se em algum ponto durante a gravidez de gêmeos de sua mulher, ele pensou em dar um tempo no football: Não, família é família e football é outro problema. Foi duro, mas todos nós passamos por situações difíceis, quer seja com a família ou football.

Nenhum comentário:

Postar um comentário